#BiografiaRapida- Zidane, tempo de seleção
- #CCZ
- 25 de abr. de 2015
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Sendo descendente de argelinos, Zidane teve chances de defender a Argélia, porém, segundo boatos na época, Abdelhamid Kermali, o considerava lento demais, por isso nunca o convocou. No entanto, Zidane negou anos mais tarde numa entrevista que isso tenha acontecido, dizendo que ele não poderia defender a Argélia, pois já defendia a França. Sua estreia nos Bleus aconteceu contra a República Tcheca. Entrando aos dezoito minutos do segundo tempo, marcou os dois tentos do empate.

Conquistou a posição de títular dos Bleus após a suspensão de Éric Cantona, que havia agredido um torcedor do Crystal Palace durante uma partida contra o mesmo. Já em sua primeira competição oficial, a Eurocopa 1996, foi às semifinais, mas apagado. O torneio foi disputado em um período em que Zizou passou quinze partidas e mais de um ano sem marcar gols pela França.

Por causa do desempenho irregular, todavia, a França chegou às quartas como uma incógnita. O jogo seria um reencontro contra o Brasilem mundiais, oito anos após a final de 1998. Contra os canarinhos, Zidane realizou uma de suas melhores partidas, demonstrando toda a sua criatividade durante o jogo, o que incluiu um drible de chapéu sobre o ex-colega do Real Madrid, Ronaldo, e a assistência de falta no único gol da partida (de Thierry Henry). Ressurgido, terminou eleito o melhor em campo.

Nas semifinais, marcou, de pênalti, o gol de pênalti da vitória sobre Portugal e, antes mesmo de disputar sua segunda final de Copa, foi eleito o melhor jogador do torneio. Já na final, Zidane marcou novamente de pênalti, se tornando apenas o quarto jogador na história a marcar em duas finais (os outros foram Vavá, Pelé e Paul Breitner). Cobrou de "cavadinha", no estilo introduzido pelo tcheco Antonín Panenka. Os italianos empataram doze minutos depois, com Marco Materazzi.

A partida seguiu empatada, sem muitos chances de perigo, até o fim do tempo normal. Aos 13 minutos do primeiro tempo da prorrogação, Zidane esteve muito perto de recolocar a França à frente e talvez marcar o gol do título: girou, serviu Willy Sagnol na direita e foi para a área, cabeceando a bola após cruzamento preciso do lateral. Porém, a grande chance foi espalmada por Gianluigi Buffon. Minutos depois, já aos 5 minutos do segundo tempo da prorrogação, ocorreria o polêmico lance que manchou a sua despedida: após ouvir insultos verbais de Materazzi, reagiu com uma cabeçada no tórax do adversário.
Sua última imagem em campo foi simbólica: desceu aos vestiários passando ao lado da taça, que ficaria com a Itália após os azzurri ganharem nos pênaltis o torneio. Ainda assim, Zidane foi bastante celebrado na volta à França, com o seu presidente Jacques Chirac declarando que"gostaria de expressar a minha estima a esse homem, que encarnou todos os valores mais belos do esporte e que honrou o país".
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